segunda-feira, 16 de abril de 2012

Depoimento de uma Oficineira.

Meu nome é Taecia Rubia, sou Assistente Social, formanda da turma de Serviço Social 2010.2 da Universidade Católica do Salvador, Educanda do Oficina em 2005 e 2006. 


O Oficina entra em minha vida por acaso, um convite de um dos coordenadores para fazer parte da turma já no segundo semestre. Fiquei muito deslumbrada com o fato de fazer um cursinho pré-vestibular , mas quando chego encontro algo diferente de tudo que imaginava  ser um cursinho pré-vestibular: ( adolescentes, jovens desocupadas (os) e que só estudavam...) lá encontro pessoas com expressões cansadas do dia e de suas longas jornadas diária e que estavam ali buscando uma oportunidade que em outros momentos lhe fora negada. 

Ir para o Oficina literalmente mudou minha vida, hoje meus melhores amigos são ex-oficineiros, e com eles eu descobri que algo que para nós, pessoas oriundas da periferia, de escolas publicas e negras era algo além da imaginação e  das reais possibilidades. No oficina, descobrimos que  era possível - iria ser difícil pois teríamos que estudar em todo nosso pouco tempo livre, nos sábados, domingos e feriados - mas no final teríamos o resultado  alcançado A FORMAÇÂO PROFISSIONAL e A CONSCIENCIA CIDADÃ! 

O Pre-vestibular do Oficina de Cidadania é mais que um cursinho: É uma família, que busca oferecer aos seus membros a educação formal com conteúdos programados e as diversas formas educativas, buscando plantar uma semente na vida de cada um de seus membros e mostrá-los que tem um valor na sociedade a qual faz parte. Foi lá que amadureci e que até mesmo fiz pequenas grandes descobertas, como o fato de saber que eu sou Preta e meu Cabelo é Crespo, mas não é duro, rsrsrsr. 

Para resumir, pois, tenho tanto a falar do oficina, só tenho a agradecer a esta oportunidade e desejar e lutar para que um dia todas as pessoas tenham o modelo do oficina como regra e não exceção e saber que enquanto  existir mais pessoas como eu a anos atrais esteja como eu agora, colhendo os frutos do nosso esforço, pois, um oficineiro  não anda só, sempre tem um companheiro ao lado. 
Hoje em quanto profissional atuo como Assistente Social de uma escola filantrópica onde atendemos 137 educandas (os) no ensino fundamental I totalmente bolsistas, buscando oferecer educação de qualidade e diferenciada  da que teriam se tivessem em escolas  municipais, reconheço nestas crianças furos oficineiro.


Obrigada oficina por mudar minha vida e fazer de mim a mulher e profissional que sou. 

Att.

Taécia Rúbia

Deixe seu depoimento também, mostre o que para você é ser OFICINEIRO! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário