Meu nome é Taecia Rubia, sou Assistente Social, formanda da turma de
Serviço Social 2010.2 da Universidade Católica do Salvador, Educanda do Oficina
em 2005 e 2006.
O Oficina entra em minha vida por acaso, um convite de um
dos coordenadores para fazer parte da turma já no segundo semestre. Fiquei muito deslumbrada com o fato de fazer um cursinho pré-vestibular , mas quando chego
encontro algo diferente de tudo que imaginava ser um cursinho pré-vestibular: ( adolescentes,
jovens desocupadas (os) e que só estudavam...) lá encontro pessoas com expressões
cansadas do dia e de suas longas jornadas diária e que estavam ali buscando uma
oportunidade que em outros momentos lhe fora negada.
Ir para o Oficina literalmente mudou minha vida, hoje
meus melhores amigos são ex-oficineiros, e com eles eu descobri que algo que para
nós, pessoas oriundas da periferia, de escolas publicas e negras era algo além da
imaginação e das reais possibilidades. No oficina, descobrimos que era possível - iria ser difícil pois teríamos que estudar em todo nosso pouco tempo livre, nos
sábados, domingos e feriados - mas no final teríamos o resultado alcançado A FORMAÇÂO PROFISSIONAL e A CONSCIENCIA CIDADÃ!
O Pre-vestibular do Oficina de Cidadania é mais que um
cursinho: É uma família, que busca oferecer aos seus membros a educação formal
com conteúdos programados e as diversas formas educativas, buscando plantar uma
semente na vida de cada um de seus membros e mostrá-los que tem um valor na
sociedade a qual faz parte. Foi lá que amadureci e que até mesmo fiz pequenas
grandes descobertas, como o fato de saber que eu sou Preta e meu Cabelo é
Crespo, mas não é duro, rsrsrsr.
Para resumir, pois, tenho tanto a falar do oficina, só
tenho a agradecer a esta oportunidade e desejar e lutar para que um dia todas
as pessoas tenham o modelo do oficina como regra e não exceção e saber que
enquanto existir mais pessoas como eu a
anos atrais esteja como eu agora, colhendo os frutos do nosso esforço, pois, um
oficineiro não anda só, sempre tem um
companheiro ao lado.
Hoje em quanto profissional atuo como Assistente Social
de uma escola filantrópica onde atendemos 137 educandas (os) no ensino
fundamental I totalmente bolsistas, buscando oferecer educação de qualidade e
diferenciada da que teriam se tivessem
em escolas municipais, reconheço nestas
crianças furos oficineiro.
Obrigada oficina por mudar minha vida e fazer de mim a
mulher e profissional que sou.
Att.
Taécia Rúbia
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